TCM suspende abertura de envelopes em licitação de ônibus em São Paulo

Prefeitura lançou em outubro editais para contratar empresas por 20 anos. Segundo o Tribunal de Contas, suspensão vale por 10 dias.

O Tribunal de Contas de São Paulo (TCM) suspendeu a abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas em operar o serviço de ônibus da capital paulista pelos próximos 20 anos e que participam das licitações abertas pela Prefeitura de São Paulo em outubro.

A decisão foi tomada na quarta-feira (11) e vai suspender a licitação por dez dias. Ou seja, a abertura dos envelopes previstas para os próximos dias 18 e 19 não irá acontecer nessas datas.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Contas não divulgou os motivos da suspensão. Afirmou apenas que questionamentos levantados pelo relator, o conselheiro Edson Simões, seriam enviados à Secretaria Municipal de Transportes.

O TCM já suspendeu diversas licitações da Prefeitura de São Paulo na área de transportes, como a construção de corredores de ônibus e a compra de radares.

Licitação
A licitação lançada em outubro prevê um aumento no número de viagens em 17% - das atuais 186 mil para 217 mil. A ideia é otimizar o sistema e reduzir o número de ônibus nas ruas. O número de veículos operando vai cair em quase 2 mil unidades. Serão 12.898 ônibus, menos que os atuais 14.812, uma redução de 13%.
A melhor administração do serviço pretendida pela administração municipal passa pela nova divisão do serviço em três sistemas: estrutural, regional e local - por isso, são três licitações. A rede “estrutural” será responsável por linhas que ocuparão as maiores avenidas da cidade e que ligarão os bairros da cidade e vão conectar a periferia ao Centro. Nessa rede, a Prefeitura quer usar de forma intensa os ônibus biarticulados com grande capacidade.

A Prefeitura estima que o novo serviço vai oferecer 14% mais lugares do que a atual frota - um aumento de 996 mil para 1,1 milhão.

Veja outras mudanças previstas no sistema de ônibus com as novas licitações.

Wi-Fi e ar-condicionado
Todos os ônibus terão que ter Wi-Fi e ar-condicionado.

Viagens
A Prefeitura prevê aumentar a oferta de viagens em 17% e o número de assentos disponíveis em 14%.

Garagens
As atuais garagens usadas pelas empresas de ônibus serão desapropriadas. Segundo o prefeito Haddad, as empresas vencedoras da nova licitação poderão ser responsáveis pelo processo de desapropriação.

Opinião do usuário
A opinião do usuário deverá ser considerada na remuneração das empresas. Ela vai ser considerada ao lado de quesitos como passageiros transportados; cumprimento regular das viagens e disponibilidade da frota. As ganhadoras da licitação serão aquelas que ofereceram valores mais atrativos pela realização do serviço.

Remuneração das empresas
A Prefeitura de São Paulo prevê gastar R$ 7 bilhões por ano com o serviço. A previsão é que a taxa interna de retorno das empresas em relação ao investimento feito seja de 9,97%, menor que os 15% do atual contrato.

Centro de controle
Tudo será controlado eletronicamente por dispositivos instalados nos ônibus e por um centro de controle (CCO) a ser construído pelas empresas.

Auditoria
Após junho de 2013, a Prefeitura de São Paulo fez uma auditoria dos contratos de ônibus.  A empresa de consultoria Ernst&Young, contratada para o trabalho, concluiu que a Prefeitura de São Paulo tem potencial de economizar 7,4% dos gastos do atual contrato.

Vimos no G1
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